Caravana de Comunicação e Juventudes In Refletindo a Condição Juvenil Feminina na periferia de Fortaleza.
Então vamos lá contar a história da Caravana de Comunicação
e Juventudes...
O projeto Caravana de Comunicação e Juventudes refletindo a
condição feminina na periferia se deu assim. Um grupo de jovens pessoas se
juntaram pra pensar uma ideia que fosse possível acontecer outra caravana. Daí depois veio a ideia de se
falar sobre gênero e discutir gênero dentro da periferia da cidade de
fortaleza. Porque discuti gênero? Ora! Porque a periferia pra mim é como se
fosse um mundo invisível ao resto da cidade. Ao que me parece ou melhor
dizendo, é um ajuntamento de gente sem grana, é a imagem mais próxima da
piramide da desigualdade social. Onde os ricos ficam lá em cima e os pobre
ficam lá em baixo. E parece que tudo acontece lá em cima como: boas escolas,
boa comida, bom transporte, o ar pra respirar, a água, é onde tem mais praças
com plantas, mais acessos, enfim as condições boas para uma pessoa viver. Mas o
que acontece é que quando se trata de igualdade de oportunidades e repeito
ligadas as questões de gênero o negócio é mais em baixo porque não adianta se
você é ric@ ou pobre. A violência é a mesma contra as mulheres, contra as
pessoas que gostam de gente do mesmo sexo (aqui não quis fazer classificações).
Existe uma cosmovisão masculina sobre tudo, e isso tem prejudicado todas as
pessoas ao longo dos anos sejam homens ou mulheres. Essa preocupação em
proteger as mulheres e a diversidade sexual deveria ou poderia ser de todo
mundo. Mas acontece que não é, quem é mais oprimid@ com a violência é que quer
deixar de apanhar seja fisicamente ou não. Aí veio o projeto de conversas sobre
gênero... Começamos tudo no Coletivo de Culturas Juvenis, nos reunimos com o
coletivo depois que o projeto foi aprovado para pensar que coisas poderíamos
realizar primeiro já que a prefeitura descumpriu o edital no que diz repeito ao
prazo. O edital falava em realizar o projeto em três meses e depois veio com
uma conversa reduzindo o tempo da galera em um mês. (Isso foi o descumprimento
por parte da prefeitura). Aí estamos realizando o nosso projeto do que jeito
como prometemos em três meses. No primeiro mês do projeto... Realizamos tudo o
que nos foi possível enquanto a orçamentos, compras e contratações para que
nosso projeto, importante pra gente aconteça! Mobilizamos a comunidade com
exibições de vídeos relacionadas as questões de gênero e violências contra a
mulher. Realizamos um evento cultural na Comunidade do Pici com apresentações
das bandas que participam do Coletivo de Cultura Juvenis- CCJ. A banda Oco do
Mundo e o grupo Maria das Vassouras. Essas duas atividades tinham como objetivo
a mobilização e a divulgação das
atividades que iriam se suceder como as oficinas, a tribuna popular, as rodas
de conversas e a bicicletas pela igualdade de oportunidades, o repeito as
mulheres e a diversidade sexual. Segue em anexo fotos e material de divulgação
como texto imagético das atividades que já aconteceram até agora previstas no
projeto. O mais interessante sobre a atividade Cultural na Comunidade do Pici é
que na apresentação do grupo Maria das Vassouras onde o grupo falou dentro de
sua apresentação musical sobre a caravana e sobre gênero. Vai uma palhinha da
apresentação : “- pedimos uma vaia para todas as pessoas que cometem qualquer
tipo de violência contra mulher, o grupo Maria das Vassouras acredita que a
violência contra as mulheres é injustificável”. É dessa forma que o Coletivo de
Culturas Juvenis trabalha com arte, fazendo atividades que proporcionem a
reflexão na comunidade. Falar em resultados... o resultado foi imediato no dias
das apresentações, nos cortejos, na exibição, o povo foi se envolvendo e e vai
continuando o círculo refletindo sobre
sua condição de vida. As oficinas virão em julho, as rodas de conversas, a
tribuna popular e a bicicletada para cortejar e afirmar que não aceitamos as
violências contra a mulher e outra somos mulheres diferentes que questionam,
que cantam, que dançam, que batucam, que cinematografam outras histórias...para
que esse julgo de violências e falta de oportunidades para mulheres não se
repitam e que se transformem em outras histórias mais bonitas e mais justas...
[Não termina aqui].
Coletivo de Cultura Juvenis – CCJ.
* Esse relatório foi postado no blog
www.picicordelico.blogspot.com.
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